10 de novembro de 2016

60% da produção de lágrimas diminui na terceira idade

60% da produção de lágrimas diminui na terceira idade

A lágrima tem a função de lubrificar e nutrir a superfície ocular, colaborando na captação de oxigênio do ar para a córnea, além de ter papel importante na regeneração de lesões nos olhos e proteger da ação de bactérias e partículas de poeira. A falta dela pode causar uma doença crônica chamada síndrome do olho seco, que ocorre quando há diminuição ou má qualidade na composição da lágrima. Os sintomas do olho seco são: ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.

A exposição em excesso à TV, computador, poluição, medicamentos (anti-histamínicos, anti-hipertensivos e antidepressivos), uso incorreto de lentes de contato, trauma (queimaduras térmica e química), doenças reumatológicas e outras doenças do sistema imunológico (Penfigoide, síndrome de Stevens-Johnson) também são relacionadas como causas da doença, que atinge quase 20 milhões de pessoas no Brasil.

“Noventa por cento dos casos da síndrome do olho seco podem ser tratados com uso de colírios de lágrima artificial e outros tratamentos clínicos. Porém, em casos mais graves em que não há produção de lágrima, uma das soluções é o transplante da glândula salivar.”

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IDADE AVANÇADA E MENOPAUSA TAMBÉM PODEM ESTAR RELACIONADAS

• Estudos realizados até agora indicam que 90% dos casos estão ligados à redução natural da produção de lágrimas como consequência do envelhecimento. A prevalência é maior no sexo feminino, e o problema é agravado na menopausa devido às mudanças hormonais.

• Nos Estados Unidos, a doença afeta 3,2 milhões de mulheres a partir da meia-idade (40 anos).

• Estudo realizado por médicos de Boston, nos Estados Unidos, concluiu que mulheres na pós-menopausa que tomaram estrógeno (hormônio feminino) têm 70% a mais de chances de desenvolver a chamada síndrome do olho seco do que as outras que nunca tomaram o hormônio. Entre as que ingeriram estrógeno e progesterona, as chances cresceram 30%.

• Mais de três milhões de mulheres que passaram da menopausa podem estar sofrendo com os sinais de ardor, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente do computador e olhos embaçados ao final do dia.

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A LÁGRIMA TEM GRANDE IMPORTÂNCIA PARA O OLHO E PARA A VISÃO

A Associação dos Portadores do Olho Seco indica atitudes diárias que os portadores da doença podem adotar:

• No caso de o paciente fazer uso de lágrimas artificiais mais de 4 vezes ao dia, evitar as que contenham conservantes;

• Nos casos mais graves, para dormir, usar pomada lubrificante de vaselina oftálmica sem preservativo para aliviar a secura dos olhos;

• Quando dormir em ambiente com ar-condicionado ou com ventilador, usar máscara sobre os olhos para protegê-los.

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QUAL O TRATAMENTO INDICADO PARA PESSOAS COM OLHO SECO?

Basicamente, é feito tratamento dos sintomas:

• Suplementação da lágrima: lágrimas artificiais para aumentar a umidade da superfície ocular e melhorar a lubrifica- ção. A apresentação pode ser na forma de colírio ou gel;

• Preservação da lágrima: a oclusão temporária ou definitiva dos pontos lacrimais;

• Estimulação da produção da lágrima: alguns medicamentos aumentam o lacrimejamento, mas podem gerar efeitos colaterais que limitam a sua utilização;

• Terapia anti-inflamatória: uso de colírio de corticoide tópico ou de imunomoduladores, com o objetivo de diminuir o efeito do processo imune nas glândulas lacrimais e superfície ocular;

• Ácidos graxos essenciais: a suplementação alimentar com ácidos graxos, na forma de óleo de linhaça ou óleo de peixe, é uma alternativa útil no tratamento de olho seco. Por possuírem ação anti-inflamatória, melhoram a qualidade da porção lipídica da lágrima.

Nos casos diagnosticados com a síndrome do olho seco, alguns cuidados especiais precisam ser observados. Caso contrário, a córnea e a conjuntiva podem ser danificadas.

• Evitar apertar os olhos;

• Não coçar os olhos;

• Evitar vento direto no rosto;

• Proteger os olhos usando óculos, quando andar na rua;

• Usar lágrimas artificiais e colírios, mas somente com prescrição médica;

• Evitar muitas horas em ambiente com ar condicionado.

Para evitar a evaporação excessiva da lágrima, medidas como o uso de óculos especiais com proteção lateral, umidificadores de ar e o fechamento adequado dos olhos durante o sono podem ajudar.

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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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Saiba o que é catarata: sintomas, tratamentos e causas

Imagens turvas e embaçadas, presença constante de uma espécie de névoa diante dos olhos…

Estas são queixas comuns dos pacientes que têm catarata. Apesar de ser muito popular (quase todo mundo conhece alguém que já teve catarata), ainda persistem muitas ideias erradas sobre o que é catarata e sobre como tratá-la.

A maioria dos casos de catarata acontece como parte do processo de envelhecimento, mas é possível desenvolver a doença como consequência de traumatismos oculares, do uso inadequado de algumas medicações ou por excesso de exposição à luz solar.

Como o problema pode ser identificado?
Visão mais embaçada, imagens que parecem ter cores desbotadas, percepção de halos claros ao olhar para a luz podem ser sinais de catarata. Se algum deles for percebido, é preciso procurar seu oftalmologista. Ele fará uma série de exames para identificar se o motivo do problema é catarata.

Qual o tratamento para a catarata?
O único tratamento para a catarata é a cirurgia, indicada sempre que o embaçamento da visão interferir na realização das atividades diárias. Na cirurgia de catarata, o cristalino opacificado é removido do olho, e em seu lugar é inserida uma lente intraocular artificial.

Hoje existem diversos tipos de lentes intraoculares (inclusive multifocais, que podem reduzir a necessidade de uso de óculos para perto e para longe). Seu oftalmologista avaliará quais as melhores indicações para o seu caso, considerando suas características e necessidades.

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