14 de setembro de 2016

Esforços e impactos que podem comprometer a saúde ocular

Esforços e impactos que podem comprometer a saúde ocular

Grandes impactos ou esforços físicos excessivos, tosse persistente e convulsiva ou até crises de espirros em sequência podem contribuir para o descolamento da retina. Doença ocular grave mais comum em adultos e pessoas idosas, raramente é hereditária, mas, neste caso, pode acontecer em crianças ou bebês.

Os buracos na retina – camada interna do olho, constituída de tecido nervoso, que capta estímulos luminosos que se transformam em imagens – permitem a passagem do vítreo (gel que preenche o globo ocular), separando a retina da parede do olho. Este movimento pode causar rompimento, hemorragias ou o descolamento. Uma vez descolada esta parte da retina não funciona mais e causa o aparecimento de uma imagem borrada ou mancha escura na visão.

A advogada Lilia Toledo Diniz, 25, nunca poderia imaginar que, além dos riscos óbvios, um salto de bungee jump pudesse provocar outros efeitos colaterais. Quatro anos depois de saltar de uma ponte de 40 metros de altura, Lilia descobriu que a aventura havia deixado em sua retina pequenos buracos que, se não tratados, poderiam evoluir para a cegueira.

“Descobri casualmente, durante um exame oftalmológico rotineiro. Foi um susto, principalmente porque eu não sentia nada.”
A advogada passou por dois procedimentos a laser para correção dos buracos. Segundo os médicos, a ruptura da retina ocorre no fim da queda, quando o elástico chega ao limite, dá um tranco e puxa o saltador para cima.

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Embora a advogada do caso citado acima não tenha sentido nada que denunciasse o problema, os médicos disseram que a lesão na retina, normalmente, é percebida na hora, com visão turva e até sangramento.

Além de saltos de bungee jump e de paraquedas, mergulhos e atividades mais radicais, o descolamento de retina pode ser causado por traumatismo, diabetes, miopia acentuada ou tumor da coróide (camada do olho entre a retina e a esclerótica). O problema pode começar em uma pequena área e, se não houver tratamento, a retina se desprende por completo.

PREVINA-SE CONTRA O DESCOLAMENTO DE RETINA

• Protegendo os olhos para evitar traumas oculares;
• Procurando não fazer movimentos bruscos com a cabeça, como em esportes radicais;
• Controlando sempre a taxa de glicose, se for diabético;
• Consultando regularmente um oftalmologista, se tiver o mesmo perfil das pessoas que têm fatores de risco.

“O descolamento de retina é uma doença grave e compromete a visão. O tratamento é essencialmente cirúrgico, e é muito importante que seja feito o mais rápido possível, aumentando as chances de a visão voltar ao normal.”

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DIAGNÓSTICO

O especialista, geralmente, analisa a parte interna do olho com oftalmoscópio ou ultrassom. Se o paciente for portador de miopia, os exames de rotina são muito importantes para a detecção precoce de possíveis buracos na retina.

TRATAMENTO

• Laser ou cirurgia, estas são duas opções de tratamento para descolamento de retina.
• Laser: tratamento ideal nos casos em que o descolamento ainda não é um fato, mas existem lesões na retina que poderão levar a este diagnóstico (como pequenos rasgos, degenerações ou roturas na retina). O laser impede que o líquido passe através do pequeno rasgo e descole a retina.
• Vitrectomia: nos casos em que a retina já se descolou o tratamento é cirúrgico. Existem dois tipos de cirurgia de retina:
• Retinopexia com introflexão escleral: técnica mais simples e mais antiga, indicada para casos menos graves e iniciais do descolamento de retina;
• Vitrectomia via pars plana: principal cirurgia de retina, em que o cirurgião pode optar por injetar um gás (C3F8) ou uma camada de óleo de silicone dentro do olho para manter a retina colada e evitar que ela se solte no pós-operatório. O gás é absorvido com o tempo, mas o óleo exige uma segunda cirurgia para retirada.

IMPORTANTE

O descolamento de retina é uma doença grave e compromete a visão. O tratamento é essencialmente cirúrgico, e é muito importante que seja feito o mais rápido possível, aumentando as chances de a visão voltar ao normal. Mas um estudo detalhado em cada caso, com um oftalmologista, é imprescindível para tirar dúvidas e, principalmente, obter completo entendimento dos benefícios e riscos dessas intervenções.

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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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