O estrabismo é caracterizado pelo desalinhamento dos eixos visuais. Presente entre 3% e 7% da população infantil, a doença vai além do fator estético, podendo comprometer a visão, se não tratado cedo.
O desalinhamento ocorre em sua maioria na infância, mas também pode acometer adultos, principalmente como consequência de outras doenças.
Os principais sintomas, que devem ser observados pelos responsáveis, incluem o movimento dessincronizado entre os olhos, ou seja, o desvio ocular; dificuldade de observar objetos de interesse ou pessoas conhecidas; fechar um olho apenas para se locomover ou realizar tarefas; ou, ainda, inclinar a cabeça na tentativa de manter os olhos paralelos.
O estrabismo no adulto, normalmente, é súbito e, caso não haja histórico de desvio prévio, pode vir acompanhado de visão dupla (diplopia). Na maior parte das vezes, é secundário, ou seja, ocorre após alterações neurológicas, como AVC, alterações vasculares (diabetes, hipertensão e aneurismas), tumores e até em decorrência de alguns casos de alta miopia.
Tratamento
Somente a avaliação de um oftalmologista pode indicar o melhor tratamento, para cada caso de estrabismo. Os mais comuns são o uso de oclusão (tampão adesivo no olho), óculos, prismas, injeção de toxina botulínica e cirurgia.
Em crianças, o tratamento se divide em duas partes. Primeiro, deve-se prevenir a perda da visão e auxiliar no melhor desenvolvimento visual. Em um segundo momento, corrigir a posição dos olhos, alinhando o desvio.
Dica: É muito importante o diagnóstico e tratamento precoces. Crianças com suspeita de desvio dos olhos devem ser examinadas pelo oftalmologista o mais cedo possível, e também os filhos de pais estrábicos ou com histórico familiar.