2 de novembro de 2016

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética

O diabetes mellitus (DM) é uma doença na qual o organismo não utiliza nem armazena a glicose de maneira adequada. Altos níveis de açúcar no sangue podem lesar os vasos sanguíneos da retina. A retina é o “tapete do fundo do olho”, a camada nervosa que percebe a luz e ajuda a enviar imagens até o cérebro.

Com o excesso prolongado de açúcar no sangue, os vasos sanguíneos da retina se alteram, crescem novos vasos, possibilitando a infiltração de sangue e fluido. Nas fases iniciais, a visão pode não ser afetada. Contudo, com a progressão da doença, surgem os primeiros sintomas: moscas volantes, borrões, áreas escurecidas na visão e dificuldade de perceber as cores. A progressão da doença leva a perda parcial ou mesmo total da visão.

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética (RD), ao contrário do que se imagina, não é uma doença ligada à idade. Adolescentes e jovens adultos também podem desenvolve-la caso não tenham um bom controle de seu diabetes.

O exame cuidadoso do fundo de olho, é essencial para determinar a existência (ou não) e o grau de RD e deve ser realizado ao menos uma vez por ano.

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Uma angiografia da retina deve ser obtida regularmente nos pacientes com retinopatia já instalada. Atualmente, a tomografia de coerência óptica (OCT), é o exame complementar mais solicitado e preciso na detecção e controle do edema macular – inchaço da área de visão de maior detalhe e visão de cores, a mácula, causa frequente de perda visual por diabetes.

Tratamento

O controle clínico do diabetes com uma dieta adequada e medicação prescritos pelo médico clínico/endocrinologista, são a principal forma de evitar a RD. O tratamento da RD com a fotocoagulação por raio laser impede a perda de visão em 90% dos casos. Medicamentos injetados na cavidade ocular são utilizados para tratamento do edema macular e da vascularização retiniana anormal. Nos casos mais graves, o tratamento cirúrgico será indicado.

Quando marcar um exame com o oftalmologista?

As pessoas portadoras de diabetes devem realizar exame oftalmológico com dilatação da pupila pelo menos uma vez ao ano. Uma vez detectada a retinopatia diabética, exames mais frequentes são necessários, conforme orientação do oftalmologista.

Recomenda-se que mulheres grávidas com diabetes façam exame oftalmológico a cada trimestre da gestação, pois a retinopatia pode progredir rapidamente durante a gravidez.

Exame para óculos só deve ser realizado se o nível de glicose no sangue estiver sob controle. Mudanças súbitas no nível de açúcar no sangue podem provocar visão flutuante em ambos os olhos, mesmo na ausência de retinopatia. Um paciente portador de diabetes deve fazer exame ocular imediatamente se observar mudanças de visão.

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Saiba o que é catarata: sintomas, tratamentos e causas

Imagens turvas e embaçadas, presença constante de uma espécie de névoa diante dos olhos…

Estas são queixas comuns dos pacientes que têm catarata. Apesar de ser muito popular (quase todo mundo conhece alguém que já teve catarata), ainda persistem muitas ideias erradas sobre o que é catarata e sobre como tratá-la.

A maioria dos casos de catarata acontece como parte do processo de envelhecimento, mas é possível desenvolver a doença como consequência de traumatismos oculares, do uso inadequado de algumas medicações ou por excesso de exposição à luz solar.

Como o problema pode ser identificado?
Visão mais embaçada, imagens que parecem ter cores desbotadas, percepção de halos claros ao olhar para a luz podem ser sinais de catarata. Se algum deles for percebido, é preciso procurar seu oftalmologista. Ele fará uma série de exames para identificar se o motivo do problema é catarata.

Qual o tratamento para a catarata?
O único tratamento para a catarata é a cirurgia, indicada sempre que o embaçamento da visão interferir na realização das atividades diárias. Na cirurgia de catarata, o cristalino opacificado é removido do olho, e em seu lugar é inserida uma lente intraocular artificial.

Hoje existem diversos tipos de lentes intraoculares (inclusive multifocais, que podem reduzir a necessidade de uso de óculos para perto e para longe). Seu oftalmologista avaliará quais as melhores indicações para o seu caso, considerando suas características e necessidades.

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