13 de março de 2024

As principais lesões oculares causadas em decorrência de acidentes

As principais lesões oculares causadas em decorrência de acidentes

Em situações de acidentes oculares, especialmente de perfuração, busque sempre um oftalmologista ou um pronto-socorro. Nos casos de queimaduras químicas geradas por produtos em contato com a visão, antes de procurar ajuda profissional, lave abundantemente com água corrente o olho lesionado, e não use colírios ou pomadas.

Fratura de órbita
A órbita é a estrutura óssea ao redor dos olhos. Quando um ou mais ossos em torno dos olhos são quebrados, denominamos fratura de órbita. Esta decorre de traumas mais violentos como cabeçadas, quedas ou acidentes automobilísticos. Em geral, as vítimas de fratura órbita apresentam sintomas como inchaço da pálpebra, hematomas e dores ao redor dos olhos, visão dupla e diminuição dos movimentos do olho afetado. O tratamento é específico para cada caso. Em situações mais graves são realizadas cirurgias.

Hifema
Caracterizado por um sangramento ocular localizado na câmara interior do olho. Se tratado de forma adequada, não deixa sequelas; caso contrário, pode acarretar complicações como o aumento da pressão intraocular, atrofia óptica, impregnação da córnea pelas células do sangue e glaucoma, levando à baixa da acuidade visual e perda da visão. O tratamento é específico para cada caso, mas, em geral, inclui medidas simples como: administração de colírio, repouso e acompanhamento da pressão intraocular.

Uveíte
É caracterizada como uma inflamação interna do globo ocular. Entre os sintomas apresentados pela lesão, estão: vermelhidão nos olhos, embaçamento visual, dor ocular e ao redor dos olhos e aumento da pressão intraocular. Se não tratada a tempo, pode causar danos irreversíveis ao globo ocular e provocar glaucoma, deslocamento da retina e cicatrizes que causam baixa visão, podendo levar até a cegueira. Em geral, o tratamento utilizado é feito com uso de anti-inflamatórios, corticoesteroides e drogas imunodepressoras.

Lesão retiniana
A retina é uma camada de prolongamento dos nervos dos olhos, nos quais as células – que percebem a luz e enviam as imagens para o cérebro– ficam alojadas. Quando lesionados, os vasos sanguíneos da retina podem vazar fluídos ou sangue, causando distorções nas imagens que chegam ao cérebro. As lesões podem ser desde um edema de impacto, roturas ou até deslocamentos da retina. Quando a retina se descola da parte que a sustenta, ela para de funcionar. O deslocamento da retina é indolor, porém apresenta sintomas como percepção de imagens irregulares flutuantes ou raios luminosos, visão borrada e perda da visão, que começa em uma parte do campo visual, e à medida que o deslocamento progride, ela aumenta.

Glaucoma
Em acidentes oculares é muito comum que a relação entre os fluídos produzidos pelo olho seja alterada. Com um aumento na produção e uma dificuldade de escoamento desses fluídos, a pressão intraocular também aumenta, possibilitando o desenvolvimento do glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, a maioria dos portadores do glaucoma não apresenta sintomas, principalmente no início. Em alguns casos, são percebidos sintomas como: discreto lacrimejamento, ardência, fotofobia, dor de cabeça, vermelhidão ocular, dor nos olhos ou ao redor deles e embaçamento da visão. O tratamento indicado pelo oftalmologista pode ser por meio de medicamentos (colírios ou comprimidos), uso do laser e/ou cirurgia, dependendo do caso. Vale ressaltar que o tratamento do glaucoma não restaura a visão já perdida, porém previne perdas futuras e impede o avanço da doença.

Como se prevenir de um trauma ocular?

A prevenção é a melhor forma de garantir a visão. Por isso, a adoção de medidas básicas é essencial para ajudar a controlar os inúmeros casos de acidentes oculares que ocorrem na terceira idade. São elas:

• Não utilize tapetes em casa e coloque barras de proteção nos banheiros a fim de evitar as quedas;

• Ao manejar produtos químicos, especialmente soda cáustica e produtos de limpeza, cuidado! Pequenas gotas em contato com os olhos podem causar danos sérios à visão;

• Tenha cuidado ao manipular tampinhas de garrafa, pedras, estilingues, armas de brinquedo, ferramentas caseiras, abridores de garrafa e fogos de artifício próximos aos olhos;

• Ao dirigir, mesmo em percursos pequenos, utilize o cinto de segurança.

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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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Saiba o que é catarata: sintomas, tratamentos e causas

Imagens turvas e embaçadas, presença constante de uma espécie de névoa diante dos olhos…

Estas são queixas comuns dos pacientes que têm catarata. Apesar de ser muito popular (quase todo mundo conhece alguém que já teve catarata), ainda persistem muitas ideias erradas sobre o que é catarata e sobre como tratá-la.

A maioria dos casos de catarata acontece como parte do processo de envelhecimento, mas é possível desenvolver a doença como consequência de traumatismos oculares, do uso inadequado de algumas medicações ou por excesso de exposição à luz solar.

Como o problema pode ser identificado?
Visão mais embaçada, imagens que parecem ter cores desbotadas, percepção de halos claros ao olhar para a luz podem ser sinais de catarata. Se algum deles for percebido, é preciso procurar seu oftalmologista. Ele fará uma série de exames para identificar se o motivo do problema é catarata.

Qual o tratamento para a catarata?
O único tratamento para a catarata é a cirurgia, indicada sempre que o embaçamento da visão interferir na realização das atividades diárias. Na cirurgia de catarata, o cristalino opacificado é removido do olho, e em seu lugar é inserida uma lente intraocular artificial.

Hoje existem diversos tipos de lentes intraoculares (inclusive multifocais, que podem reduzir a necessidade de uso de óculos para perto e para longe). Seu oftalmologista avaliará quais as melhores indicações para o seu caso, considerando suas características e necessidades.

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