Cerca de 12 milhões. Essa é a quantidade de casos de cegueira por consequência da catarata em todo o mundo. Segundo dados do IAPB (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira), a doença é a maior causa de cegueira, configurando 25.81% dos casos. No Brasil, estima-se que existam aproximadamente 350.000 cegos por catarata. Ocorre que parte considerável desses casos poderiam ser evitados através do diagnóstico correto e intervenção médica. A cirurgia de catarata é a única opção para recuperação da capacidade visual. O procedimento pode, ainda, auxiliar na correção de erros refrativos, como astigmatismo, miopia e hipermetropia.
A catarata senil é o tipo mais comum e parte do motivo se dá ao aumento da população idosa. Segundo dados do IBGE (2019), o número de pessoas com mais de 60 anos deve dobrar no Brasil até o ano de 2042. A velocidade do crescimento da população nessa faixa etária traz consigo o aumento da prevalência de problemas visuais, pois as três principais causas de cegueira – catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade – acometem, em sua maioria, os idosos.
“A cirurgia pode e deve ser realizada antes que a baixa visual comprometa a qualidade de vida do paciente.”
A boa notícia é que o quadro de baixa visão e cegueira causado pela doença pode ser revertido através da cirurgia. O procedimento é realizado a partir da inserção de uma lente intraocular, sendo extremante eficaz e proporcionando um resultado quase imediato no que diz respeito à reabilitação da visão. Unidades de saúde bem gerenciadas são capazes de realizar um alto volume de cirurgias de catarata, com ótima qualidade.
Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário esperar a catarata “amadurecer”. A cirurgia pode e deve ser realizada antes que a baixa visual comprometa a qualidade de vida do paciente. Oftalmologia e tecnologia são grandes aliadas, trazendo excelentes resultados para a visão. Se você sofre com o problema, converse com seu oftalmologista a respeito da cirurgia. O procedimento pode ser a oportunidade para ver um mundo novo, de novo.
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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia