O glaucoma é principal causa de cegueira irreversível, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Conhecido como o “ladrão sorrateiro da visão” porque em 90% dos casos descobertos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os pacientes nunca haviam percebido qualquer alteração da visão antes de receber o diagnóstico.
Estima-se que cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo tenham a doença. No Brasil, conforme a Sociedade Brasileira de Glaucoma, aproximadamente um milhão de pessoas têm glaucoma. Mais da metade delas talvez nem desconfiem porque não há sintomas prévios.
O glaucoma é provocado pela alteração da pressão intraocular. Elevada, reduz o campo de visão e pode afetar o nervo óptico e provocar a cegueira. Geralmente, a pressão é modificada quando o “humor aquoso” – líquido transparente que se forma, circula e sai do olho, responsável pela nutrição e por manter as estruturas dos olhos normais – tem dificuldade de sair, o que aumenta a pressão intraocular.
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Quando os canais de saída estão abertos, o distúrbio é denominado glaucoma de ângulo aberto. Quando eles são obstruídos pela íris, o distúrbio é denominado glaucoma de ângulo fechado. Há ainda o glaucoma secundário, causado por uma lesão ocular.
Fatores genéticos, idade e cor da pele podem influenciar o desenvolvimento da doença. Negros, pessoas que têm casos de glaucoma na família e indivíduos com mais de 40 anos podem pertencer aos grupos de risco. O tratamento é feito com colírios que abaixam a pressão intraocular, laser e cirurgia.
Não deixe de consultar seu oftalmologista periodicamente. Quem tem mais de 40 anos deve visitar o médico, ao menos, uma vez por ano.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Glaucoma, Biblioteca virtual em saúde e Manual Merck