Colírios são medicamentos elaborados com substâncias que combatem infecções e inflamações. Sendo assim, devem ser prescritos e acompanhados por um oftalmologista, atentando, inclusive, para os casos em que precisam ser usados de forma associada a outro medicamento. É importante ter em mente que o uso desordenado de colírio pode causar danos oculares, como úlceras e perda acentuada da visão.
É preciso estar atento aos riscos, por exemplo, do uso contínuo de medicamentos com corticoide na formulação, muitas vezes usado para tratar inflamações nas vias respiratórias. A substância pode causar glaucoma e catarata. Se o medicamento for um colírio, os efeitos colaterais são mais rápidos. É importante sempre usar esse tipo de medicamento com acompanhamento médico especializado!
Para uma pessoa que sofre de congestão nasal, muitas vezes por questões alérgicas, gripes ou resfriados, é um alívio usar um remédio que libere as vias aéreas. Mas muita atenção! Se o paciente tiver glaucoma e fizer uso de colírio antiglaucomatoso, a ação vasoconstritora do descongestionante corta o efeito do medicamento, que tem a função de controlar o glaucoma. Para quem não tem o diagnóstico de glaucoma, mas tem a predisposição, esse tipo de automedicação pode causar a doença.
Os colírios com ação vasoconstritora não são só para aliviar os olhos e dar a sensação de frescor, também cortam o efeito dos remédios usados contra hipertensão arterial. Para aliviar o desconforto dos olhos, no inverno, o ideal é usar lágrima artificial para evitar o transtorno.
O colírio betabloqueador é usado para tratar pacientes com glaucoma, mas, se for usado com medicamentos de ação broncodilatadora para aliviar os sintomas de bronquite e asma, pode causar falta de ar no paciente.
Por fim, a automedicação em casos de vista com secreção, ardência ou sensação de que tem algo no olho é bastante comum. Mas nem sempre o diagnóstico é a conjuntivite. Mesmo que seja, existe mais de um tipo da doença. Por isso, NÃO use o colírio indicado por outro paciente ou por um familiar!
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“Para aliviar o desconforto dos olhos, no inverno, o ideal é usar lágrima artificial para evitar o transtorno.”
O paciente com glaucoma precisa redobrar os cuidados quando o assunto é automedicação. Um medicamento perigoso para quem é portador dessa doença ocular, que talvez muitos não tenham se dado conta, é o inibidor de apetite. Isso porque pode causar aumento na pressão intraocular, e mesmo desencadear crise aguda em olhos predispostos.
Se, ao consultar um oftalmologista, for o caso de precisar usar colírio, siga as orientações abaixo:
• Lave as mãos antes e depois de aplicar qualquer medicamento nos olhos.
• As instruções do oftalmologista quanto ao uso do medicamento, como dosagem, número de aplicações e agitação do produto antes da aplicação, por exemplo, devem ser rigorosamente seguidas.
• Se você usa lentes de contato, retire-as antes de aplicar o produto e recoloque-as dez minutos depois da aplicação.
• Pingue somente uma gota de colírio de cada vez.
• Não encoste o aplicador nos olhos para evitar contaminação.
• Não divida seu frasco de colírio com outra pessoa: deve ser de uso individual.
• Caso o oftalmologista tenha prescrito mais de um colírio, deve-se aguardar cerca de 15 minutos entre as aplicações.
• Relate ao oftalmologista qualquer incômodo relativo ao uso do colírio, como ardência, vermelhidão ou irritação. Em alguns casos, será necessária uma nova prescrição.
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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia