1 de julho de 2023

Conjuntivite: conheça os tipos, sintomas e tratamentos

Conjuntivite: conheça os tipos, sintomas e tratamentos

Olhos vermelhos, ardor, coceira, desconforto ao olhar para locais mais iluminados. Qualquer um de nós é capaz de dizer o que está acontecendo: conjuntivite, certo? Talvez sim, talvez não (outros problemas nos olhos podem causar sintomas parecidos). Mas mesmo que você esteja certo, e realmente seja uma conjuntivite, é importante saber que não existe apenas um tipo, e por isso mesmo, não há só um tratamento para o problema.

A inflamação da membrana que recobre a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras. Esta membrana é a conjuntiva. A conjuntivite pode se instalar em apenas um olho ou nos dois, e durar entre uma semana e quinze dias. A conjuntiva pode ficar inflamada por causas diversas, por isso dizemos que a inflamação pode ser de origem bacteriana, viral ou alérgica.

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O problema é que independente do tipo apresentado, os sintomas parecem ser os mesmos (olhos vermelhos, irritação…), mas para cada causa há um tipo de tratamento específico. Por isso é tão importante consultar seu oftalmologista, ao invés de usar “aquele colírio” que ajudou muito em uma outra ocasião, ou que foi ótimo para seu filho.

Conjuntivites virais e bacterianas

Em alguns aspectos, são muito semelhantes:
• começam por um dos olhos e depois, de três ou quatro dias, acometem o outro;
• deixam os olhos vermelhos;
• formam lacrimejamento em excesso.

Diferentemente das bacterianas, porém, nas conjuntivites virais não há formação de pus, e sim de muco. O olho amanhece grudado e durante o dia ocorre um excesso de lágrimas. É importante ressaltar que os dois tipos são muito contagiosos. Principalmente a viral. Como o olho vermelho que não forma muita secreção engana, as pessoas não tomam cuidado e a disseminação da doença ocorre em larga escala. O contágio ocorre por contato.

A pessoa enxuga os olhos e cumprimenta alguém ou seca o rosto numa toalha que vai ser usada por mais gente e passa o vírus para os outros. Por isso, é tão importante que durante a fase aguda, e de contágio, os pacientes evitem apertar as mãos de outras pessoas, utilizem papel descartável para a limpeza dos olhos e separem toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal. Lenços de pano são desaconselhados. A gravidade da infecção depende do tipo de bactéria envolvida.

Para o tipo viral não há tratamento específico. Compressas podem ajudar a aliviar o incômodo. As compressas devem ser feitas com água natural ou mineral. A água deve estar fria, porque o frio ajuda a desinflamar e desinchar os olhos. Além disso, seu oftalmologista indicará colírios para reduzir o vermelho e a inflamação. Muito raramente o tratamento inclui antibióticos via oral. Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém os sintomas podem ser aliviados; e, geralmente desaparece dentro de três semanas.

Conjuntivites alérgicas

Ocorrem com maior frequência em pessoas com predisposição a desenvolver alergias, mas também pode ser causada por intolerância à substâncias presentes em cosméticos, perfumes, ou drogas. Sintomas mais comuns da conjuntivite alérgica:

• comichão nos olhos e pálpebras;
• olhos úmidos;
• olhos vermelhos;
• sensação de queimação e vermelhidão ao redor dos olhos;
• inchaço das pálpebras;
• visão turva;
• sensação de corpo estranho no olho;
• vontade de esfregar os olhos;
• olhos secos;
• formação de secreção no canto do olho;
• lacrimejamento.

Toda conjuntivite requer atenção médica

O tratamento adequado depende da causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios, outros medicamentos anti-inflamatórios, antialérgicos e compressas frias. Quem usa lentes de contato deve evitá-las até o desaparecimento dos sintomas.

Evite que outras pessoas sejam infectadas

• desinfete superfícies como maçanetas e balcões, com solução de água sanitária diluída;
• não nade (algumas bactérias podem se espalhar na água);
• evite tocar no rosto;
• lave as mãos com frequência;
• não compartilhe toalhas ou roupas;
• não reutilize lenços (prefira os de papel);
• evite apertos de mãos.

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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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Saiba o que é catarata: sintomas, tratamentos e causas

Imagens turvas e embaçadas, presença constante de uma espécie de névoa diante dos olhos…

Estas são queixas comuns dos pacientes que têm catarata. Apesar de ser muito popular (quase todo mundo conhece alguém que já teve catarata), ainda persistem muitas ideias erradas sobre o que é catarata e sobre como tratá-la.

A maioria dos casos de catarata acontece como parte do processo de envelhecimento, mas é possível desenvolver a doença como consequência de traumatismos oculares, do uso inadequado de algumas medicações ou por excesso de exposição à luz solar.

Como o problema pode ser identificado?
Visão mais embaçada, imagens que parecem ter cores desbotadas, percepção de halos claros ao olhar para a luz podem ser sinais de catarata. Se algum deles for percebido, é preciso procurar seu oftalmologista. Ele fará uma série de exames para identificar se o motivo do problema é catarata.

Qual o tratamento para a catarata?
O único tratamento para a catarata é a cirurgia, indicada sempre que o embaçamento da visão interferir na realização das atividades diárias. Na cirurgia de catarata, o cristalino opacificado é removido do olho, e em seu lugar é inserida uma lente intraocular artificial.

Hoje existem diversos tipos de lentes intraoculares (inclusive multifocais, que podem reduzir a necessidade de uso de óculos para perto e para longe). Seu oftalmologista avaliará quais as melhores indicações para o seu caso, considerando suas características e necessidades.

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