6 de abril de 2017

Cuidados oculares ao longo da vida

Cuidados oculares ao longo da vida

Até os 10 anos de idade

Nos primeiros anos de vida, as crianças já se interessam por equipamentos tecnológicos e adquirem habilidades para utilizá-los cada vez mais cedo. Sendo assim, é importante estar atento aos novos dispositivos que chamam a atenção dos pequeninos, de maneira a evitar o uso desregrado destas tecnologias. A exposição prolongada a aparelhos eletrônicos, como o computador, pode desencadear sintomas desagradáveis, como olhos vermelhos e irritados, coceira, cansaço nos olhos e sensação de olho seco.

Alguns cuidados fáceis, mas importantes, podem evitar tais sintomas, como fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora em frente ao computador, afastar o foco de luz dos olhos, manter o brilho do computador baixo e manter o ambiente bem iluminado.

Mas fique atento! Mesmo que a criança não apresente nenhuma queixa, é importante que a primeira visita ao oftalmologista seja realizada já no primeiro ano de vida. A partir daí, a visita pode ser feita em intervalos de 1 a 2 anos, conforme orientação do seu oftalmologista.

10 aos 20 anos de idade

No início desta fase, o desenvolvimento do sistema visual alcançará a maturidade. Neste período, podem surgir algumas doenças, como a miopia e o ceratocone. Na adolescência, é preciso estar atento para situações que possam indicar baixa de visão, como mau rendimento escolar e queixas de cansaço visual, visão embaçada e dores de cabeça. Os adolescentes também costumam pegar muito sol e nem sempre acham importante usar óculos escuros, que protegem os olhos contra os raios ultravioleta.

20 aos 40 anos de idade

É o período de entrada na idade adulta em que o livre arbítrio começa direcionar a vida de muitos, nesta fase. A vida vivida com mais intensidade! Não poucos são fumantes nesta fase, que pode ser considerada a mais produtiva. O cigarro compromete a circulação sanguínea da retina, reduzindo a quantidade de antioxidantes no sangue e comprometendo a visão. Dentre as doenças oculares ligadas ao tabagismo podemos citar a catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
No caso das mulheres, na fase em que a vaidade está a pleno vapor, é importante tomar cuidado com o uso e a composição da maquiagem. No caso de uso de lentes de contato, também é preciso ter atenção na higienização, na retirada e na colocação das lentes.

40 aos 50 anos de idade

A partir desta idade, é importante estar mais atento à prevenção à saúde ocular, com visitas regulares ao oftalmologista, ao menos uma vez por ano. Verificar se a pressão ocular está normalizada pode evitar o glaucoma. É uma doença silenciosa causada, na maior parte dos casos, por pressão ocular alta, e que pode provocar cegueira irreversível. Quando o tratamento é indicado, os colírios prescritos pelo médico oftalmologista podem diminuir a pressão; em alguns casos, a cirurgia é indicada.

Além disso, a partir dos 40 anos, surge a chamada “vista cansada”, como é conhecida a presbiopia. Trata-se da dificuldade de enxergar de perto por perda da capacidade de acomodação ocular. Isso ocorre porque a lente natural dos olhos, o cristalino, perde de forma gradativa a capacidade de ajustar o foco. A correção do problema pode ser feita com óculos, lentes de contato ou cirurgia, com implante de lentes intraoculares, em pacientes que já apresentem comprometimento visual pela catarata.

A partir dos 50 anos de idade

As incidências de catarata e degeneração macular relacionada à idade (DMRI) aumentam nesta fase da vida. A degeneração macular é um problema que afeta o centro da retina (mácula), que possibilita a percepção de detalhes, formas e cores. A alimentação equilibrada tem papel fundamental na prevenção do problema. A ingestão de alimentos ricos em antioxidantes e vitaminas A, E, D e zinco pode retardar o aparecimento dessas doenças.Os alimentos ricos em luteína têm potencial de proteger os olhos das lesões causadas pelos raios solares. É possível encontrar esses nutrientes na couve, espinafre, brócolis, milho, ervilhas e ovos.

É sempre importante lembrar que a automedicação é muito perigosa, porque pode agravar ou desencadear doenças oculares. Por isso, é preciso evitar a utilização de remédios sem prescrição médica. Colírios com corticosteróides, por exemplo, aumentam a pressão ocular e podem levar ao glaucoma ou até mesmo à catarata precoce. As consultas regulares ao médico oftalmologista, conforme a periodicidade indicada para cada fase da vida e para cada paciente, assim como a realização de exames periódicos são atitudes importantes para a manutenção da saúde ocular.

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Em meados do século XVI, um jovem de vinte e poucos anos cruzou o oceano para conhecer as Índias Ocidentais – a colônia portuguesa no continente americano, o futuro Brasil. Após muitas aventuras, consegue trabalho como guarda da costa de Bertioga, no litoral paulista. Certo dia, quando sai para caçar, acaba preso por alguns membros da tribo dos Tupinambás, temidos por comerem seus valentes prisioneiros. Com o passar do tempo, o jovem aventureiro, Hans Staden, vai tendo seu valor depreciado à medida que demonstra medo e outras características que os Tupinambás não desejavam adquirir para si. Após conseguir retornar à Europa, Staden escreve um livro que se tornaria um grande best-seller por séculos: “História verídica de uma terra de selvagens nus e canibais chamada Brasil...”. Esse acabou sendo a única fonte de informação sobre nosso futuro Brasil para o mundo até o século XIX e contribuiu para criar alguns estereótipos até hoje disseminados sobre nossa cultura. Que estereótipos são esses? Que outras informações importantes contém o livro? Como o não tão bravo Staden conseguiu escapar de ser canibalizado? Por que seu livro é importante ainda hoje? O que fez depois que retornou à Europa? Como sua história se liga à história do mundo ocidental: reforma, contrarreforma, colonialismo...? Venha descobrir nesta palestra e contribua para tornar realidade o Projeto Estudo do Meio do 10º Ano da Escola Associativa Waldorf Veredas, localizada em Campinas (o valor do ingresso será integralmente revertido para o projeto).
Hans Staden e sua obra foram tema da pesquisa de doutorado da palestrante.